NA ROTA DO CONTRABANDO
Quando o movimento fronteiriço de pessoas e bens foi liberalizado em 1992, os contrabandistas, que durante décadas viveram nas margens do Minho, viram extinto o seu ganha-pão.
- Registar as memórias de algumas dessas lendas vivas do contrabando;
- Saber o que é feito de alguns “senhores” do contrabando;
- Não deixar desaparecer histórias fantásticas, e por muitos desconhecidas;
- Evidenciar a intervenção dos guardas da fronteira – Guarda-fiscal, Guarda Civil e Carabineiros – nos rios Minho, Trancoso e Laboreiro e na raia seca do planalto de Castro Laboreiro;
São os objectivos deste trabalho, que pretende divulgar o que de bom e de mau se passou no mundo do contrabando desta região. E fazê-lo antes que seja tarde, já que a maioria dos protagonistas destas histórias têm idades superiores a 80 anos…
Os mesmos intuitos teve, de certo, a autarquia de Melgaço ao inaugurar, em 27 de Abril de 2007, o Espaço Museológico Memória e Fronteira.
Com este empreendimento, único em Portugal, a Câmara pretende, nomeadamente, dar a conhecer os perigos e as dificuldades que rodeavam as populações rurais portuguesas do Alto Minho, através de testemunhos, na primeira pessoa, de quem viveu e sentiu na pele o contrabando e a emigração a “salto”.
De exaltar, também, o trabalho exaustivo da catalogação do espólio da extinta Secção da Guarda Fiscal de Melgaço, dos diligentes quadros do Arquivo Municipal de Melgaço que muito contribuíram, sem dúvida, para o nosso entendimento do fenómeno social do contrabando nesta terra no extremo Norte de Portugal.