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F. LAMAS DE MOURO

F. LAMAS DE MOURO

HISTÓRIA

Lamas de Mouro, em plena montanha,  ocupa uma área de cerca de 1731 ha,  dista cerca de dezoito quilómetros da sede do concelho. Confronta com S. Paio, Roussas e Fiães, a norte, Padrenta (Galiza, Espanha) e Castro Laboreiro, a nascente, Gavieira (Arcos de Valdevez), a sul, e Cubalhão e Parada do Monte, a poente.

É composta pelos seguintes lugares prin­cipais: Lugar de Cima, Touça, Igreja, Alcobaça, Gavião e Porto Ribeiro.

De acordo com o Pe. Aníbal Rodrigues, toma o nome da qualidade do seu solo — lamas, pastagens de gado cheias de água — e do rio Mouro, que nasce no seu território.

Foi terra com povoamento muito remoto, possuindo alguns vestígios da cultura dolménica e castreja (de origem céltica).

A antiga freguesia de S. João Baptista de Lamas de Mouro era abadia da apresentação do ordinário, no antigo termo ou julgado de Valadares.

Em 1839 aparece inscrita na comarca de Monção. No ano de 1878 consta já na de Melgaço.

A igreja paroquial é de um antigo mosteiro de templários que aqui houve. Após a supressão desta ordem, em 1344, o cenóbio reverteu à Coroa, que o deu à Ordem de Malta, em 1349.

A população de Lamas de Mouro pagava aos cavaleiros muitos foros, mas tinha os grandes privilégios próprios dos caseiros de Malta. Era na realidade uma povoação estratégica na segunda linha da fronteira, defendida lá no alto pelo Castelo de Castro Laboreiro. Daí até a memória toponímica de Lamas de Mouro.

Depois passou a ser abadia do Papa e ordinário. O Papa e o arcebispo de Braga apresentavam alternativamente o abade, que tinha setenta mil réis de renda anual.

O templo actual, de características românicas (tanto nas portas, especialmente a lateral de norte, como nas próprias paredes, cujas pedras estão pejadas de siglas), foi restaurado há pouco tempo.

A capela-mor, a sacristia e a torre sineira são do século XIII. Possui algumas interessantes imagens, do século XV ao século XVII.

Nesta freguesia teve lugar, no ano de 812, no sítio chamado Vale de Mouro, junto ao rio Ornese, uma grande batalha em que pelejou o bravo Bernardo del Carpio (parente e vassalo de D. Afonso Henriques) contra Ali-Aton, rei de Córdova, que caiu derrotado. Escreveram alguns, por certo crendeiros, que os mouros perderam então 70 000 homens!
Observando-se Lamas de Mouro no início deste 3º milénio pode-se dizer que há distribuição de água a todas as residências e que outras necessidades básicas estão asseguradas face, também, à proximidade com a vila de Castro Laboreiro, freguesia sua vizinha, que supre as possíveis emergências dos habitantes de Lamas de Mouro. Uma das carências que poderão um dia, que se espera não esteja distante, vir a serem colmatadas é a falta de saneamento básico.  Relativamente à cultura, lazer e desporto e começando pelo último, Lamas de Mouro tem uma piscina natural magnífica no Parque da Peneda Gerês. Funciona na freguesia uma pequena biblioteca, um pequeno e muito agradável Museu e uma sala polivalente para espectáculos e outros programas culturais. Não é certamente no aspecto da cultura e lazer que a população mais se queixa. Para os visitantes há casas muito bem apetrechadas para o turismo em espaço rural e de habitação. Há também toda uma gama de passeios, caminhadas e trilhos para o contacto com a natureza e que vão até ao Santuário da Peneda. Alguns destes trilhos recomendados, partem da ponte romana de Porto Ribeiro onde ainda se pode visitar um moinho recuperado, ou se pode seguir a calçada até junto a um relógio de sol do século passado e seguir até onde estão os canastros, observando as alminhas dos caminhos, os fornos comunitários, as colmeias características, o santinho de Alcobaça, mais outras duas alminhas no Carvalho e Vale Donaia, etc., etc.

A Igreja Paroquial como se já referiu foi antigo Mosteiro dos Templários, e merece ser visitada, actualmente, ainda mantém as características românicas nas portas, especialmente a lateral norte e nas paredes repletas de siglas de pedreiros. Outras das visitas imperdíveis são as margens paradisíacas do rio Mouro com os seus estratégicos moinhos onde durante séculos se preparava o pão,  e os fornos comunitários, As vistas panorâmicas que se observam de muitos locais da freguesia são de jamais se poderem esquecer. Nesse aspecto é de salientar que, em alguns dias de inverno, fazem-se romarias de pessoas a aproveitarem o facto de nesta região se poder admirar a neve que, transforma em mantos alvos de esplendorosa beleza as paisagens envolventes.

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